Quando optei por entrar na Divibank para o meu estágio de férias no Brasil, eu não imaginava que seria uma experiência tão transformadora. Eu sempre quis trabalhar em uma startup, e eu estava decidido a aproveitar o máximo das sete semanas que eu passaria na empresa. Iniciei meu estágio me apresentando para o time e entendendo mais sobre os detalhes do modelo de negócio e dos serviços financeiros oferecidos. Confesso que estava nervoso ao falar com o time, uma vez que havia começado a aprender português há pouco tempo através do Duolingo, e ainda não havia tido uma conversa de verdade. As pessoas foram incríveis! Elas foram pacientes, encorajaram meus esforços e fizeram de tudo para que eu me sentisse em casa.
Isso me lembrou de uma citação que li no livro “De Bom a Excelente”, que o reitor da minha faculdade de administração, Henry Bradford, presenteou para a classe graduanda de maio de 2017. “Primeiro quem... depois o quê. Esperávamos que os líderes de bons a excelentes começassem definindo uma nova visão e estratégia. Em vez disso, descobrimos que eles primeiro colocaram as pessoas certas no ônibus, as pessoas erradas fora do ônibus e as pessoas certas nos assentos certos - e depois descobriam para onde dirigir. O velho ditado ‘As pessoas são o seu ativo mais importante’ está errado. As pessoas não são seu ativo mais importante. As pessoas certas são.” Após finalizar minha primeira semana de trabalho, duas coisas ficaram bem claras: i) o time era composto de pessoas certas nos assentos certos e ii) Eu faria de tudo para contribuir ao máximo para que a empresa atingisse todo o seu potencial.
Nas semanas seguintes trabalhei ao lado do time de gestão para determinar os objetivos e as datas de entrega. Esses objetivos teriam sido inalcançáveis sem o apoio inigualável de todos os Divibankers. Durante a quinta semana, apresentamos as principais recomendações que a Divibank deveria seguir para continuar escalando suas operações. Foi incrível ver como o time de liderança foi receptivo para nossas recomendações e como ficaram decididos em implementá-las - ainda mais por eu estar acostumado com o mundo corporativo padrão, onde existem diversas camadas de decisão antes de que se siga em frente com um projeto.
Dessa forma, concordamos em apresentar um workshop na sexta semana para alinhar com todos os membros da empresa sobre qual seria nossa direção acordada. O workshop teve uma participação incrível e foi ótimo ver como todo o trabalho duro das últimas semanas valeram a pena. Estou confiante de que todas as análises feitas pela equipe durante esse período ajudarão a Divibank a navegar melhor enquanto escalam.
O tempo me ensinou que existe mais na vida do que apenas o trabalho. O que fez essa experiência memorável foi o equilíbrio ideal entre o trabalho impactante em um país lindo, e com pessoas extraordinárias dentro e fora do escritório. Apoiado pelo meu vocabulário de português melhorado através do Duolingo (recomendo muito esse aplicativo) e da paciência dos meus colegas, pude imergir na cultura brasileira e até fui capaz de realizar uma apresentação de 10 minutos em português, onde resumi o que eu havia feito nas últimas semanas (algo que para mim parecia impossível algumas semanas atrás). Também entendi que o Brasil não é apenas a oitava maior economia do mundo, mas é também um país que se destaca do resto graças a suas pessoas amigáveis (sempre dispostas a ajudar), as suas belas paisagens (não consigo nem descrever os Lençóis Maranhenses), e a sua culinária de primeira classe (sushi, pizza, feijoada, cachaça, pão de queijo, tapiocas, e etc.).
Quanto a amizades, fui sortudo o suficiente para conhecer pessoas através dos meus colegas na Divibank e também através de amigos trabalhando em outras Startups, consultorias e VCs em São Paulo. Estou confiante que as pessoas que conheci durante minha estadia no Brasil se tornarão amigos para a vida toda e que nossos caminhos com certeza se cruzarão novamente como potenciais parceiros de negócios. Gostaria de compartilhar uma anedota: quando cheguei ao Brasil, um amigo meu me ensinou o termo “Saudades”, uma palavra em português sem tradução para o inglês que remete ao sentimento de solidão e incompletude. Agora eu entendo que esse termo está enraizado na cultura brasileira, e para entender o seu verdadeiro significado é preciso vivenciar essa cultura incrível. Em retrospectiva, estou deixando este belo país apenas com boas lembranças e com o desejo de voltar no futuro. Por fim, gostaria de agradecer todo o time da Divibank por terem me proporcionado essa experiência transformadora e por terem feito eu me sentir em casa desde o primeiro dia!
Muito obrigado, e até a próxima, pessoal! Sentirei muitas saudades da Divibank e do Brasil!