A dor da maioria dos empreendedores em estágio inicial é obter financiamento para que o negócio possa crescer e se desenvolver. Uma das soluções é sair em busca de capital disponível no mercado, com uma série de opções de investimentos para startups, desde as que exigem crescimento rápido até as que buscam um desenvolvimento sustentável do negócio.
Mas, antes de ir para o mercado procurar aportes, uma das modalidades mais comuns e promissoras para muitas startups iniciantes é o chamado “love money” (dinheiro do amor). Trata-se do capital doado por familiares para o início de uma empresa.
Nesse caso, o empreendedor geralmente tem apenas uma ideia ou um protótipo validado, mas precisa de um empurrãozinho para iniciar as atividades ou pagar as despesas e, aí sim, garantir uma margem para investimento.
Nomes ligados a grandes empresas tiveram essa ajuda no início da jornada dos negócios. Um deles foi o fundador e diretor-executivo (CEO) da Amazon, o empresário americano Jeff Bezos, que contou com o apoio dos pais para montar esse gigante do comércio eletrônico. No Brasil, o CEO da Rubber Brasil, Iudy Makino, contou com a ajuda da mãe para iniciar em 2016 as atividades da empresa que vende pisos emborrachados, após identificar um nicho de mercado inovador aqui no Brasil.
Com essa mesma dinâmica de proximidade entre os gestores e investidores, estão os investimentos conhecidos pelos três Fs (FFF) de Family, Friends and Fools (Família, Amigos e “tolos”). Ele funciona exatamente como a sigla diz. Amigos e família ajudam a viabilizar a startup com pequenos investimentos. Como todos os envolvidos têm relações próximas com os gestores da empresa, o que pesa nessa modalidade é manter sempre o profissionalismo, já que existe uma linha tênue entre o que é família e o que é o negócio. No caso do Fools, ele se refere a outras pessoas que não conhecem muito o negócio e não têm relação afetiva com o empreendedor, mas mesmo assim, decidem apostar na operação.
Informações sobre como a organização vai funcionar precisam ser explicadas de forma clara e registrada em acordos que vão definir a participação e as responsabilidades dos sócios para que relacionamentos não sejam abalados.
Mercado de investimentos
Se não for possível contar com a ajuda de pais e familiares, a solução é buscar um investidor, mesmo que ele seja pessoa física (PF). Nesse caso, outra forma de obter capital é conseguir um investidor-anjo.
Eles são conhecidos por serem empreendedores bem-sucedidos que buscam diversificar as aplicações financeiras em alternativas com alto potencial de retorno, o que representa cerca de 5% a 10% do patrimônio. Como também conhecem bem o mercado de atuação da startup, eles têm interesse em fazer parte do processo de amadurecimento da empresa, oferecendo mentoria.
Quando a empresa atinge um nível mais avançado e já está estruturada no mercado, com clientes, produto e serviço já definidos e validados, outra opção de aporte pode vir do fundo semente, do termo, em inglês, "seed money".
Ele entra no negócio na etapa seguinte ao investimento-anjo e com até três vezes mais capital. O termo “semente” refere-se ao fato de esse capital funcionar como um apoio para que a startup tenha condições de crescer e se consolidar no mercado. O investimento "seed" pode auxiliá-las ainda em etapas como a implementação e a organização das operações, capacitação gerencial e financeira, estruturação de equipe, etc.
Ainda em relação às startups que focam inovação, estão em estágio embrionário e com projeto em desenvolvimento, as incubadoras são consideradas uma alternativa de investimento tradicional disponível no mercado que, geralmente, é disponibilizada em editais públicos. Elas costumam dar suporte a empresas que têm ideias ainda não tão escaláveis, que necessitam de acesso a ferramentas e conhecimento para ganhar o mercado.
As incubadoras disponibilizam para essas organizações serviços como modelagem básica do negócio, auxílio com estratégias de apresentação, acesso a recursos de Ensino Superior, espaço físico, entre outros.
No mercado ainda pode ser encontrado o dinheiro disponibilizado pelas aceleradoras, um passo depois das incubadoras de empresas. Elas são conhecidas como “escolas de empreendedorismo” e nelas nascem muitas ideias promissoras. A diferença é que elas têm um processo mais complexo e rápido.
As aceleradoras oferecem serviços como apoio financeiro, consultoria, participação em treinamento, eventos e intermediação com investidores. Tudo isso acontece em um período que pode ser de três meses a oito meses. Nessa temporada, o empreendedor consegue estruturar o negócio e aproveitar a infraestrutura local. Em troca, as aceleradoras recebem uma participação acionária pelas atividades realizadas.
Já quando o financiamento não é feito por um único investidor ou um fundo de investimento, mas pelo coletivo, a modalidade é chamada de equity crowdfunding, uma espécie de vaquinha virtual.
Nesse caso, o projeto da startup é divulgado de forma pública pela internet, por um período específico. Dessa forma, investidores com perfis diversificados têm conhecimento do negócio e podem comprar o direito à participação na empresa. Assim que o montante esperado é alcançado, a campanha de financiamento é encerrada.
A Divibank é uma opção para as empresas que estão em busca de uma oferta de crédito mais acessível para investimentos específicos em marketing digital e financiamento de estoque. Diferente dos modelos de crédito tradicional, com taxas fixas independentes do faturamento, na Divibank, o empreendedor paga o investimento feito sem uma taxa definida no momento da proposta, mas que se adéqua ao seu modelo mensal. Se a empresa faturou bem em um mês, poderá pagar um pouco mais; agora se o mês foi menos rentável, o valor cobrado será menor.