Web 3.0

Metaverso, NFTs, VR... como navegar o marketing da Web 3.0

Por:
Divibank Team

Os anunciantes e profissionais de marketing parecem estar com pressa para marcar presença no metaverso, explorar NFTs, surfar na onda do crypto... ticar todas as caixinhas da Web 3.0. Mas será que eles sabem o que estão fazendo? Será que a Web 3.0 é apenas um hype, o delírio de alguns sonhadores, ou ela veio mesmo para ficar?

Mesmo com tantas marcas lançando iniciativas para cravar sua bandeira neste mundo virtual, é preciso conhecer os desafios que vêm junto com as oportunidades.

Entendendo a Web 3.0

Antes de mais nada, vamos entender o que é a Web 3.0. Quando a internet surgiu, em meados dos anos 90, ela era um espaço quase inexplorado: você acessava alguns sites que já conhecia, enviava e recebia e-mails, entrava em chats e só. Essa era a Web 1.0.

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Em um segundo momento, algumas empresas tiveram a ideia de “organizar” esse espaço, facilitando a interatividade e o acesso à informação. Sistemas de busca e redes sociais ficaram mais sofisticados, e com isso, essas empresas se rentabilizaram e se tornaram megacorporações globais (Google, Facebook, Amazon). Essa é a Web 2.0.

Na Web 3.0, as pessoas querem tomar a internet de volta. Elas desconfiam do lado “Grande Irmão” das corporações, se preocupam com a segurança de seus dados e querem preservar sua privacidade. Por isso, criadores e tecnologistas querem tornar a Web 3.0 um espaço mais independente e livre. Eles veem as criptomoedas, os NFTs e a tecnologia blockchain como ferramentas essenciais para gerar valor, mas com segurança. As transações são legitimadas pelo seu caráter aberto, sempre verificadas pela comunidade.

Metaverso, NFTs e as oportunidades para as marcas

Um dos elementos centrais da Web 3.0 é o metaverso. Esse conceito ainda é recente e difícil de definir, mas podemos pensar nele como ambientes digitais e imersivos onde pessoas e organizações convivem, interagem e transacionam de maneira 100% virtual. O metaverso cria experiências que mesclam games, redes sociais, e-commerce e muito mais, a partir de tecnologias como a realidade virtual (VR), o 3D e a realidade aumentada.

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Alguns exemplos de metaverso são os jogos Fortnite e Pokemon Go e até o Second Life (se lembra dele?), além de algumas plataformas que ainda estão em desenvolvimento, como o Horizon Home, do Facebook — que, por sinal, trocou de nome para… Meta. Muitos veem nessa mudança uma tentativa da empresa de Mark Zuckerberg de mudar a imagem negativa atrelada a seu modelo de crescimento na Web 2.0, se ligando justamente na 3.0.

As possibilidades para marcas se comunicarem com seus públicos usando a Web 3.0 são inúmeras, como você pode imaginar. A plataforma de games Roblox, por exemplo, já recebeu festas virtuais da Warner e fez uma parceria com a Hyundai para o lançamento de um espaço no metaverso.

Na mesma linha, a Disney registrou a patente de um “simulador de mundo virtual” que reproduz um dos seus parques temáticos em 3D. Em termos de comércio, algumas das grifes mais famosas do mundo (Gucci, Louis Vuitton, Ralph Lauren, entre outras) criaram lojas no metaverso para a venda de “roupas virtuais.”

Já as NFTs e criptomoedas estão por tudo, sendo exploradas por fintechs, bancos, marcas de bebidas, de varejo, músicos, atores, equipes esportivas… a lista é longa, interminável.

O medo de ficar de fora

Algumas dessas iniciativas são ousadas e outras, pioneiras. No entanto, é preciso saber diferenciar criatividade e “FOMO”, sigla em inglês para fear of missing out, ou medo de ficar de fora. Entrar na Web 3.0 por ansiedade pode ser até pior que deixar a onda passar.

Alguns riscos são evidentes para as marcas. Um deles é a instabilidade de um ambiente que, apesar de todo seu potencial, ainda tem muitos territórios não-mapeados. Com as NFTs e as criptomoedas, por exemplo, a comunidade blockchain tem a convicção de que a tecnologia garante a segurança das transações. Fora da “bolha”, no entanto, há várias dúvidas: estudos afirmam que o blockchain não é tão descentralizado quanto parece, o que daria margem para brechas graves de segurança. Já o metaverso ainda vive uma época de muitas promessas e poucos resultados concretos.

Outro risco é a falta de padrões e benchmarks claros na Web 3.0, especialmente no metaverso. Por um lado, isso oferece um campo vasto para as mentes criativas. Por outro, colocar recursos nessas iniciativas pode ser um tiro n’água, seja em perda de dinheiro, seja em impacto negativo: dependendo da marca, entrar no metaverso ou lançar uma NFT sem planejar bem pode soar falso, como se ela forçasse a barra em um mundo que “não é seu”.

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4 princípios valiosos para qualquer “Web”

Neste momento, ser definitivo sobre o que funciona e não funciona na Web 3.0 seria uma aposta. Mesmo assim, alguns princípios são (e continuarão sendo) valiosos para as marcas em busca do sucesso no marketing, seja qual for a realidade do momento:

  • Definir uma voz clara para garantir uma comunicação consistente e eficiente.
  • Conhecer bem seu público e engajar de uma maneira que faça sentido para ele.
  • Estar aberto ao novo e ouvir opiniões diversas sobre o que você não conhece.
  • Ter parceiros de confiança, como uma agência de publicidade ou marketing.

Por fim, tenha cuidado com propostas mirabolantes e ideias "meia boca”, mal planejadas. Não deixe que o “FOMO” contamine a sua estratégia. Se você conhecer bem a sua marca e souber onde quer chegar, fica mais claro e menos arriscado escolher um caminho que leve ao sucesso — mesmo que ele seja uma estrada virtual por um mundo em 3D.


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